Quem precisa tomar a vacina contra meningite? Saiba mais sobre a doença e como se prevenir

10/09/2022 Uncategorized Saúde Livre Vacinas
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As meninges são três membranas que protegem o cérebro, a medula espinhal e outras partes do sistema nervoso. A meningite consiste na inflamação desse sistema, que pode ter como causa vírus, bactérias, e outros micro-organismos. A melhor maneira de se proteger contra ela é tomando a vacina contra meningite.

O Ministério da Saúde considera a doença endêmica no Brasil, com surtos que podem ocorrer em qualquer momento do ano. As bactérias chamadas de meningococos e pneumococos são responsáveis pelo maior número de casos.

Toda meningite é igual?

Há três principais tipos de meningite:

  • Viral: A causa é um vírus, que pode ser o do sarampo, influenza, enterovírus, rubéola, herpes-zoster, vírus da imunodeficiência humana (HIV). Em geral, esses casos se resolvem sozinhos, mas analgésicos, antipiréticos e soro para alívio dos sintomas fazem parte do tratamento.

  • Bacteriana: A meningite causada por bactérias costuma ser mais grave do que a viral. É importante iniciar o tratamento o mais cedo possível com antibióticos. Novos quadros de infecção podem se instalar

  • Meningocócica: Essa meningite também é causada por bactéria, mais especificamente a Neisseria meningitidis, ou meningococo. São 12 tipos de meningococos, e o mais comum no Brasil é o tipo C, responsável por 80% dos casos. Há ainda os tipos A, W e Y, porém encontrados com menos frequência. Após o início dos sintomas, a meningite meningocócica pode levar à morte entre 24 e 48 horas.

Conforme a suspeita, o diagnóstico é feito por exame clínico e, se necessário, análise do liquor, fluído retirado por meio de uma punção lombar.

Quais são os sintomas?

Os sintomas mais comuns são dor de cabeça, febre alta, fraqueza, vômitos e rigidez na nuca; isto é, a dificuldade de abaixar a cabeça e tocar o queixo no peito é um sinal de que a pessoa pode ter meningite.

Outros sintomas observados são sensibilidade à luz, enjoo e confusão mental. Em casos mais extremos, é possível ter tremores, convulsões e até coma.

Em bebês, é mais difícil detectar os primeiros sinais da doença. Portanto, é importante ficar atento a indícios como irritação, dificuldade de se alimentar, vômitos, reflexos anormais letargia. A moleira também pode demonstrar uma protuberância.

No caso da meningite meningocócica, também estão presentes a fadiga, manchas vermelhas na pele, calafrios, dores nos músculos, articulações, peito ou abdômen, respiração rápida e diarreia.

É uma doença grave?

O risco de morte por meningite meningocócica é alto. Isso se dá pela evolução da doença, que acontece rapidamente. A letalidade varia de 10% a 20%, podendo chegar a 70% se a infecção for generalizada (meningococcemia). Além disso, os mais afetados são crianças de menos de cinco anos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca 10% das pessoas que contraem a meningite bacteriana têm complicações graves. Ela afeta cerca de 5 milhões de pessoas por ano; destas, a cada 10, uma morre e duas ficam com sequelas.

Os rastros da meningite incluem, por exemplo, perda de audição, alterações neurológicas, cicatrizes na pele e amputação de membros. Por isso, quanto mais cedo o tratamento no hospital for realizado, maior será a chance de cura.

Como é a transmissão?

Diversos micro-organismos podem gerar um quadro de inflamação nas meninges, portanto deve-se evitar toda forma de transmissão de vírus e bactérias. Por exemplo, gotículas de saliva provenientes de tosse, ou espirro, secreções, alimentos mal lavados, água contaminada, contato com fezes e até objetos de pessoas infectadas podem ser causadores da doença.

Nem todas as pessoas que entram em contato com um vírus ou bactéria desenvolvem meningite, mas podem ser portadores e levá-los a pessoas mais frágeis, como idosos e bebês.

Quem deve tomar a vacina contra meningite?

Todas as pessoas não vacinadas devem tomar a vacina contra meningite, independente da idade. Ela faz parte do calendário vacinal do bebê. Do mesmo modo, adolescentes, trabalhadores da saúde, idosos e indivíduos portadores de quadros crônicos ou de doenças imunossupressoras ainda não imunizados também devem tomar.

Na rede pública, o Plano Nacional de Imunização (PNI) define o fornecimento da vacina meningocócica C conjugada no Sistema Único de Saúde (SUS). Ela tem duas doses, uma ao 3 meses e depois ao 5 meses de idade. Aplica-se o reforço aos 12 meses, 5, 6 e 11 anos de idade.

Além dela, as doses da Pneumocócica 10-valente ou Pneumocócica 13-valente e da Haemophilus influenzae b também são importantes.

As redes privadas, por outro lado, oferecem mais opções de imunizantes. Além das vacinas contra meningite aplicadas pelo SUS, também estão disponíveis a Meningocócica B, Meningocócica ACWY e a Pneumocócica 23-valente.

Confira sempre sua carteira de vacinação e procure a unidade Saúde Livre mais próxima para tomar as doses de reforço.

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