Calendário da gestação: guia para ajudar as mamães nesse momento tão especial
Entender o calendário da gestação é o primeiro desafio da futura mamãe. Por isso, preparamos esse guia para ajudar você a entender essa contagem e trazer mais informações importantes para esse momento especial.
A gestação é talvez um dos períodos mais especiais da vida da mulher. Mas, mesmo para quem não é mãe de primeira viagem o friozinho na barriga é inevitável. A ansiedade toma conta, e dúvidas nunca antes pensadas começam.
Nenhuma gestação é igual a outra. Ao iniciar uma gestação nunca sabemos como nosso corpo irá reagir. Especialmente para as mamães que estão vivendo esse momento pela primeira vez tudo é novidade, e todo dia se aprende algo novo. As mudanças são constantes e as dúvidas também.
A gestação normalmente dura uma média de 9 meses, ou 40 semanas, e após esse tempo o desenvolvimento do bebê está completo e ele está pronto para nascer. Todos os órgãos estão completamente formados, o coração bate aproximadamente de 120 a 160 vezes por minuto e o parto pode começar a qualquer momento.
Mas, não é assim tão simples. Por isso, segue a leitura que vamos te ajudar a entender tudinho.
CALENDÁRIO DA GESTAÇÃO: COMO SABER COM QUANTAS SEMANAS EU ESTOU?
Para entender o calendário de gestação basta saber a Data da Última Menstruação (DUM) e contar em um calendário quantas semanas existem até à data atual.
O médico também pode informar sempre a idade gestacional corrigida, que é a data sugerida na ultrassonografia realizada na consulta de pré-natal para indicar com exatidão de quantas semanas a mulher está grávida e qual será a Data Provável do Parto (DPP).
Caso a mulher não saiba a data da última menstruação, a maneira mais indicada e confiável é sempre a ultrassonografia.
CALENDÁRIO DA GESTAÇÃO SE CONTA EM SEMANAS E NÃO EM MESES. PORQUÊ?
Quem nunca perguntou para uma gestante de quantos meses ela está e teve a resposta dada em semanas? Contudo, não se assuste pois isso é muito normal no mundo mágico da maternidade.
Para a gestante e para o médico é muito mais prático controlar a evolução da gestação em semanas, pois as mudanças no corpo da mulher e do bebê são muito rápidas. Por isso, é necessário um menor espaço de tempo para poder controlar melhor a evolução da gravidez.
Para algumas gestantes a situação é oposta. Algumas até esquecem em que mês estão, pois criam o hábito de contar somente em semanas. E acredite se quiser, cada semana é um mundo de novidades na vida da mamãe, do papai e do bebê.
TABELA DO CALENDÁRIO DA GESTAÇÃO | ||
1º TRIMESTRE | 1 Mês | 1 até 4 semanas de gestação |
1º TRIMESTRE | 2 meses | 5 a 8 semanas de gestação |
1º TRIMESTRE | 3 meses | 9 a 13 semanas de gestação |
2º TRIMESTRE | 4 meses | 14 a 17 semanas de gestação |
2º TRIMESTRE | 5 meses | 18 a 22 semanas de gestação |
2º TRIMESTRE | 6 meses | 23 a 27 semanas de gestação |
3º TRIMESTRE | 7 meses | 28 a 31 semanas gestação |
3º TRIMESTRE | 8 meses | 32 a 35 semanas de gestação |
3º TRIMESTRE | 9 meses | 36 a 41 semanas de gestação |
Normalmente a gravidez dura 40 semanas, mas o bebê pode nascer entre as 39 e 41 semanas. Dessa forma, caso o trabalho de parto não comece espontaneamente até completar as 41 semanas, o médico decidirá qual a conduta a ser seguida de acordo com cada gestante.
CALENDÁRIO DA GESTAÇÃO: Mudanças que ocorrem a cada trimestre
1º Trimestre de gestação
Dentre todas as mudanças que ocorrem na gestação, o primeiro trimestre é aquele momento onde vamos passar a nos adaptar com as mudanças físicas e emocionais, que não serão poucas. Nesse primeiro momento os seios da mulher aumentam e a mulher pode sentir mais sono, mais fome, enjoos e até ficar mais cansada do que o normal.
Nesta fase, é importante alimentar-se de maneira saudável, não ingerir bebida alcoólica nem fumar ou usar drogas. É bom cuidar da higiene bucal, além de manter uma alimentação saudável, controlando a ingestão de açúcares.
2º Trimestre de gestação
Os primeiros movimentos do bebê já podem ser sentidos e a gravidez já é visível, com o crescimento da barriga e alterações nos seios e nos quadris. Alterações emotivas também podem acontecer.
3º Trimestre de gestação
Nesse momento a ansiedade já toma conta da futura mamãe, está chegando o momento do parto. Como o corpo da mãe está se preparando para o parto e para acolher o bebê que vai chegar, o útero pode ficar contraído por instantes e também pode sair pelos mamilos um líquido amarelado, chamado colostro, que vai alimentar o bebê nos primeiros dias de vida.
Nessa fase é normal sentir uma sensação de peso e desconforto, porque o bebê vai estar ocupando mais espaço na barriga. Você pode sentir também menos sono e mais dificuldade em ficar deitada.
Desenvolvimento do bebê durante a gestação
1º Trimestre
A partir da 4ª semana, o coração já bate de forma acelerada, aproximadamente 150 vezes por minuto. É nessa fase que se inicia a formação do sistema nervoso e dos aparelhos digestivo, circulatório e respiratório. Os olhos, a boca, o nariz, os braços e as pernas também começam a se desenvolver. O comprimento do embrião chega a 4 cm.
O período fetal, que começa no terceiro mês de gestação, é marcado pelo desenvolvimento do esqueleto, das costelas e dos dedos das mãos e pés. Todos os órgãos internos se formam até o fim do mês, quando o feto mede 14 cm.
2º Trimestre
Nessa fase, o bebê mede cerca de 16 cm e começa a se movimentar, sugar e engolir. Ele também é capaz de perceber alterações de luz e diferenciar gostos amargos e doces.
A partir do quinto mês, nascem os primeiros fios de cabelo, os cílios e as sobrancelhas. Formam-se as trompas e o útero nas meninas e os órgãos genitais dos meninos podem ser vistos no exame de ultrassom. O bebê tem cerca de 25 cm de comprimento e consegue realizar movimentos como franzir a testa e chupar o dedo.
No sexto mês o bebê mede cerca de 32 cm e consegue reconhecer sons externos, especialmente a voz e a respiração da mãe. Lábios e sobrancelhas começam a ficar mais visíveis e as pontas dos dedos apresentam sulcos que se tornarão as impressões digitais.
3º Trimestre
No sétimo mês o bebê mede entre 35 cm e 40 cm. Dentro do útero, boceja, abre os olhos, dorme e se movimenta. Os órgãos internos continuam crescendo e ele ouve e reage a estímulos sonoros, como músicas e conversas.
No oitavo mês, o bebê mede entre 40 cm a 45 cm e começa a se preparar para ficar em posição de parto – de cabeça para baixo. Para ajudar a manter a temperatura do bebê depois do nascimento, uma camada de gordura se forma sob a pele. Os pulmões estão quase prontos e os ossos ficam mais resistentes.
No nono mês o bebê mede entre 45cm e 50cm, todos os órgãos estão completamente formados e ele já consegue controlar a respiração. Em torno da 40ª semana, ele está preparado para nascer.
CALENDÁRIO DA GESTAÇÃO: Quando iniciar o pré natal?
O pré-natal deve começar assim que a mulher descobre que está grávida. O Ministério da Saúde recomenda que sejam realizadas no mínimo seis consultas (uma no primeiro trimestre da gravidez, duas no segundo e três no terceiro), sendo que o ideal é que a primeira consulta aconteça no primeiro trimestre e que até a 34ª semana sejam realizadas consultas mensais.
Entre a 34ª e 38ª semanas, o indicado seria uma consulta a cada duas semanas e a partir da 38ª semana consultas toda semana até o parto, que geralmente acontece na 40ª semana. Mas, lembre-se: a gestação pode durar até 42 semanas.
O pré-natal segue um protocolo para o monitoramento da saúde da gestante e do feto. Inclui anamnese, exame físico e análise de exames laboratoriais e de imagem.
Exames Laboratoriais mais comuns
Exames complementar de rotina são:
- Hemograma completo
- Grupo sanguíneo e fator Rh.
- Sorologia para sífilis (VDRL);.
- Glicemia em jejum
- Teste Oral de Tolerância à Glicose
- Exame sumário de urina (Tipo I).
- Urocultura com antibiograma para o diagnóstico de bacteriúria assintomática
- Sorologia anti-HIV
- Sorologia para toxoplasmose, IgG e IgM
- Sorologia para hepatite B (HBSAg).
- Protoparasitológico de fezes.
- Colpocitologia oncótica.
- Bacterioscopia da secreção vaginal – avaliação de perfil bacteriológico do conteúdo vaginal por critério de Nugent, indicada para pacientes com antecedente de prematuridade, possibilitando a detecção e o tratamento precoce da vaginose bacteriana, idealmente antes da 20ª semana.
- Cultura específica do estreptococo do grupo B, coleta anovaginal ;
- Ultrassonografia obstétrica
A assistência do pré-natal bem estruturada pode promover a redução dos partos prematuros e de cesáreas desnecessárias, de crianças com baixo peso ao nascer, de complicações de hipertensão arterial na gestação, bem como da transmissão vertical de patologias como o HIV, sífilis e as hepatites.
Vacinas indicadas para a gestante
Tríplice Bacteriana Acelular
Também conhecida como dTpa adulto, a Tríplice Bacteriana Acelular é recomendada pelo Ministério da Saúde a fim de proteger contra a difteria, tétano e coqueluche. Atualmente, 87% dos casos de coqueluche no Brasil são em crianças menores de seis meses. Portanto, a vacina protege a gestante e transfere anticorpos ao feto, protegendo-o nos primeiros meses de vida da bactéria Bordetella Pertussis. Apenas uma dose, aplicada a partir da 20ª semana de gestação, já garante a imunização contra os agentes causadores das três doenças. Mulheres que perderam o prazo da vacinação podem se vacinar até 40 dias após o parto.
Hepatite B
A hepatite B é transmitida pela prática do sexo desprotegido (sem preservativos), transfusão de sangue contaminado, compartilhamento de agulhas ou por materiais de manicure, pedicure e procedimentos odontológicos e cirúrgicos fora dos padrões de segurança. Além disso, a hepatite B pode ser transmitida para o bebê durante a gravidez no momento do parto e na amamentação.
Em situações especiais a vacina combinada Hepatite A e B é uma opção e pode substituir a vacinação isolada das hepatites.
Influenza
As mudanças no organismo da mulher durante a gravidez deixam a gestante mais vulnerável às complicações de uma infecção pelo vírus Influenza, por isso é importante fazer a vacina da gripe. A vacina da gripe é especialmente indicada para a gestante, e pode ser aplicada em qualquer período da gravidez. A campanha nacional contra a influenza costuma acontecer nos meses de abril e maio.
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