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Herpes Zoster: o que é, sintomas e tudo sobre a vacina

08/08/2021 Saúde | Vacinas Saúde Livre Vacinas
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A Herpes Zoster, também conhecida como “cobreiro”, é uma doença que pode deixar sequelas que vão desde cicatrizes, até cegueira e surdez, tendo a vacina como única forma de prevenção.

A Herpes Zoster é uma infecção viral causada pela reativação do vírus varicela zoster, o mesmo que é responsável pela catapora. Como é mais comum ocorrer na infância, o vírus fica no nosso organismo e pode se manifestar anos depois em decorrência de uma queda imunológica ou pela idade, uma vez que ela se manifesta normalmente em adultos maiores de 50 anos.

A doença é grave e costuma causar lesões bolhosas pelo corpo, provocando dores e podendo deixar sequelas que vão de cicatrizes, até cegueira e surdez. Outra consequência importante da Herpes Zoster é a neuralgia pós herpética, que, dependendo da condição do paciente, pode afetar sua rotina, causando dores intensas ao realizar simples movimentos.

Herpes Zoster: Como o vírus age?

Quando uma pessoa contrai a catapora, o vírus varicela zoster se espalha pelo organismo, infectando células nervosas dos nervos espinhais ou cranianos. 

Sabe-se que o vírus permanece latente no organismo no sistema imunológico e pode permanecer lá por anos sem ser reativado. Contudo, uma queda na imunidade é suficiente para reativar o vírus varicela zoster, que se manifesta no tecido nervoso, provocando uma degeneração epitelial que se tornam grandes bolhas.

Não se sabe exatamente o que provoca a reativação do vírus varicela zoster, mas sabe-se que ela pode ocorrer em razão de uma doença ou medicamento que cause o enfraquecimento do sistema imunológico.

A secreção que se forma no interior das lesões é altamente contagiosa. Por essa razão, indivíduos com herpes zoster devem evitar contato com pessoas suscetíveis, até que a lesão esteja seca e com crostas.

Normalmente as lesões são unilaterais e duram de 7 a 10 dias e durante a vida pode ocorrer mais de um episódio de herpes zoster. 

É importante ficar claro que a doença ocorre comumente depois dos 50 anos e a chance de desenvolver aumenta com o passar dos anos.

Herpes Zoster: Sintomas.

A característica mais marcante da doença é a dor intensa, seguida do aparecimento unilateral de lesões bolhosas, normalmente com trajeto linear, em locais como tronco, face ou membros. Pode ocorrer coceira e formigamento na área das lesões.

As bolhas podem continuar se formando por 3 a 5 dias, e começam a formar uma crosta cerca de 5 dias depois.

Os sintomas que os pacientes mais relatam são febre, cefaléia, mal-estar e fadiga, além de dores intensas  e sensibilidade no local de inervação onde as lesões aparecem. 

É comum as dores iniciarem antes mesmo do aparecimento das primeiras lesões, e persistir por um longo período, mesmo depois de cicatrizadas as vesículas.

Herpes Zoster: Diagnóstico.

  • Avaliação de um médico
  • Raramente análise ou biópsia de uma amostra retirada das bolhas

As pessoas que suspeitam que têm herpes zóster devem consultar um médico imediatamente porque, para ser eficaz, o tratamento deve ser iniciado cedo. Os médicos pedem a elas para descreverem com exatidão o local da dor. Dor em uma faixa indefinida de um dos lados do corpo é um indício de herpes zóster. Se bolhas características aparecem no padrão típico (uma faixa de pele representando um dermatoma), o diagnóstico é óbvio.

Raramente, os médicos obtêm uma amostra das bolhas para serem analisadas ou para fazer uma biópsia para confirmar o diagnóstico.

Herpes Zoster: Tratamento.

Normalmente, o tratamento tem como objetivo limitar a extensão da doença, a duração e a gravidade com o uso de analgésicos e drogas antivirais. 

É importante que os medicamentos sejam administrados antes mesmo do aparecimento das bolhas, isso porque o tratamento pode se tornar eficaz depois do aparecimento das lesões.

Caso as lesões apareçam próximas ao rosto, é indicado procurar atendimento médico especialista o mais breve possível, a fim de evitar que a doença evolua para cegueira, surdez ou meningite.

Se a doença afetar o nervo que leva ao olho (herpes zoster oftálmico), este poderá ficar infectado e, ainda que seguido o tratamento, a visão pode ser afetada. O mesmo ocorre se o vírus chegar ao nervo auditivo (herpes zoster ótico)

O herpes zoster ótico pode causar bolhas no canal auricular, dor, paralisia parcial da face, perda auditiva, zumbido nos ouvidos  e até  vertigem.

É comum as pessoas permanecerem sentindo dores crônicas na área afetada, mesmo depois de tratada a doença, o que chamamos de neuralgia pós-herpética, mais comum em idosos. A dor causada pela neuralgia pós-herpética pode ser muito grave e até mesmo incapacitante.

Herpes Zoster: Prevenção.

Para a prevenção da doença herpes zóster está disponível uma vacina segura e eficaz, que possibilita diminuir a carga da doença e suas complicações.

Hoje a vacina está disponível apenas na rede privada, e é muito procurada por pacientes que apresentam as crises agudas da doença, mas não podemos esquecer que grande parte da população tem contato com o vírus e pode desenvolver a doença em algum período da vida, principalmente em casos de baixa imunidade.

  1. Vacina contra a Herpes Zoster: Indicação.

A vacina está licenciada para pessoas com 50 anos ou mais e é recomendada como rotina para maiores 60 anos de idade.

  1. Vacina contra a Catapora

É recomendado fazer a vacina contra a varicela (catapora) a partir dos 12 meses de idade.

  1. Vacina contra a Herpes Zoster: Contraindicação.
  • Pessoas imunodeprimidas.
  • Alergia grave (anafilaxia) a algum dos componentes da vacina.
  • Pessoas com tuberculose ativa não tratada.
  • Gestantes.

A vacina contra a Herpes Zoster é o meio mais eficaz de se proteger da doença, que, como vimos, pode deixar consequências graves para aqueles que adoecem pela baixa imunidade. 

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