Vacina da chikungunya induz resposta imune em 98,8% dos vacinados
O vírus da chikungunya pode estar mais perto de ser combatido. O Instituto Butantan, junto com a empresa de biotecnologia franco-austríaca Valneva, mostrou que o imunizante que está sendo desenvolvido induziu uma resposta positiva em 98,8% dos casos.
A vacina está na terceira fase de ensaio clínico, que está sendo conduzido no Brasil. Dessa forma, a expectativa é de solicitar a aprovação Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil e na European Medicines Agency (EMA), na Europa, ainda no primeiro semestre de 2014. Além disso, ela já foi aprovada nos Estados Unidos pelo órgão regulador do país, a Food and Drug Administration (FDA).
O estudo mostrou que a vacina de chikungunya funciona tanto para quem já teve contato quanto para quem nunca se expôs ao vírus. Em quem já se contaminou anteriormente, encontraram-se anticorpos protetores em 100% dos casos.
Segundo Esper Kallás, diretor do Butantan, “os dados são excelentes e mostram que estamos no caminho certo. É uma vacina segura e com alta capacidade de induzir anticorpos protetores. Estamos otimistas que, respeitando todas as etapas de estudos e validação pelos órgãos reguladores, poderemos oferecer essa vacina para proteger as pessoas desta doença que infelizmente acomete o país”.
Chikungunya
Em 2023, registraram-se 143.739 casos prováveis de chikungunya no Brasil, com 82 óbitos confirmados. De acordo com o Ministério da Saúde, as regiões mais afetadas são o Sudeste, seguido no Nordeste e do Centro-Oeste.
Os mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus são os responsáveis pela transmissão. Os principais sintomas são febre, dores nas articulações, dores pelo corpo, erupção avermelhada na pele, náuseas, vômitos e diarreia.
A doença, que já circula em mais de 110 países, pode deixar sequelas, como por exemplo fortes dores crônicas nas articulações, além de gerar complicações graves em recém-nascidos.