Vacina da gripe sem mistérios: as principais dúvidas e suas respostas

13/03/2024 Saúde | Vacinas Saúde Livre Vacinas
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A vacina da gripe é a principal forma de proteção contra o vírus que segue sendo um dos maiores desafios de saúde pública do mundo. Estima-se que, a cada ano, ocorram 1 bilhão de casos, com 3 a 5 milhões de casos graves. Além disso, 290 mil a 650 mil mortes por doenças respiratórias estão relacionadas à influenza.

Confira as respostas para algumas das principais dúvidas sobre ela:

Por que tomar a vacina da gripe todos os anos?

Há dois motivos: o primeiro é que o vírus influenza sofre mutações com muita rapidez, e logo as doses se tornam obsoletas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) monitora quais são as cepas com maior probabilidade de circulação em cada região do mundo para incluir na vacina e mantê-la atualizada.

O segundo é a duração do efeito da dose. O reforço estimula a imunidade antes dos períodos de maior circulação do vírus, dessa forma ampliando a defesa do organismo.

Qual a diferença entre as vacinas da rede pública e da rede privada?

A vacina disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) é trivalente, protegendo apenas contra três cepas do vírus influenza. Ela é ofertada somente para grupos de risco.

Enquanto isso, na rede privada, qualquer pessoa pode tomar a vacina a quadrivalente. Ela protege contra duas cepas de influenza A – H1N1 (cepa Victoria) e H3N2 (cepa Darwin) – e duas de influenza B.

Quem deve tomar a vacina da gripe?

A vacina da gripe é indicada para todas as pessoas com mais de 6 meses de idade, incluindo gestantes, lactantes e idosos. A vacinação ajuda a reduzir significativamente o risco de contrair a doença, diminui a sua propagação e previne casos graves, assim como internações hospitalares.

A aplicação é de uma dose única anual. A única exceção é para crianças de 6 meses a 9 anos de idade que estão tomando a vacina pela primeira vez. Nesses casos, são duas doses com um intervalo de 30 dias entre elas.

Pode tomar mais de uma vacina no mesmo dia?

Sim, a vacina contra gripe pode ser aplicada junto com qualquer outra vacina. Aliás, é uma ótima oportunidade de garantir a imunização contra outras doenças!

No início da vacinação contra covid-19, o Ministério da Saúde pediu um intervalo de 14 dias entre as vacinas como medida de precaução, além facilitar o monitoramento de possíveis eventos adversos. Como a segurança já ficou estabelecida, não há mais necessidade de esperar.

Quanto tempo dura a imunização?

A proteção é detectável entre 2 a 3 semanas depois da vacinação, e o pico de anticorpos protetores ocorre após 4 a 6 semanas. A duração do efeito, geralmente, é de 6 a 12 meses.

Como o vírus tem maior circulação no Brasil nos meses de maio, junho e julho, agora é a hora ideal para tomar a vacina e estar protegido nesse período.

A vacina pode causar gripe?

Não. A vacina é feita com o vírus inativado, incapaz de se reproduzir e provocar a doença. No entanto, é possível ter algumas reações. Os efeitos adversos mais comuns são dor e vermelhidão no local da aplicação, que ocorrem em 15% a 20% dos vacinados e costumam desaparecer em até 48 horas. Febre, mal-estar e dor muscular podem acometer 1% a 2%, em especial quem toma pela primeira vez, e também têm curta duração.

Quem apresenta sintomas pode tomar a vacina?

Vale a mesma regra para todas as vacinas: em caso de febre alta, é melhor esperar que o quadro tenha se resolvido completamente antes da imunização. Por outro lado, em casos leves, seja com febre baixa, tosse ou coriza, não há contraindicação.

Por isso, encontre a unidade da Saúde Livre mais próxima e garanta a sua dose.

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