Brasil sai da lista de países com mais crianças não vacinadas
O número de crianças não vacinadas caiu no Brasil no último ano. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgaram um estudo global nesta semana (15/07). Com os novos dados, o país saiu da lista das 20 nações mais atrasadas na imunização infantil, representando portanto um importante avanço na área da saúde.
Em 2021, o Brasil era o 7º no grupo dos países com mais crianças não imunizadas. No novo relatório, com base nos resultados de 2023, o país apresentou melhorias na cobertura da proteção contra 14 das doenças analisadas. Dessa forma, entre os destaques de crescimento, estão as vacinas contra a poliomielite, pentavalente, rotavírus, hepatite A, febre amarela, meningocócica C, pneumocócica 10, tríplice viral e reforço da tríplice bacteriana.
Vacinação no mundo
O cenário nacional foi na contramão dos resultados mundiais. Nas vacinas do tipo DTP, que protege contra a difteria, o tétano e a coqueluche, houve queda de 85% no número de crianças que não receberam nenhuma dose. Por outro lado, em todo o mundo, ocorreu um aumento de 4,3%, passando de 13,9 milhões de crianças não vacinadas em 2022 para 14,5 milhões em 2023.
Apesar do quadro local promissor, o relatório apresentou preocupação com a situação global, que ainda não atingiu o patamar pré-pandemia, registrado em 2019. Segundo a OMS, 103 países – que representam três quartos das crianças de todo o mundo – tiveram surtos de sarampo nos últimos cinco anos. A cobertura vacinal abaixo de 80% das regiões foi um fator determinante para as crises. Em contrapartida, os 91 países com maior cobertura não tiveram surtos da doença.
“As tendências mais recentes demonstram que muitos países continuam a não vacinar um número excessivo de crianças”, disse a Diretora Executiva do UNICEF, Catherine Russell. “Fechar a lacuna de imunização requer um esforço global, com governos, parceiros e líderes locais investindo em cuidados primários de saúde e trabalhadores comunitários para garantir que todas as crianças sejam vacinadas e que a saúde geral seja fortalecida.”