Vacinas: tudo o que você precisa saber

17/02/2022 Saúde | Vacinas Saúde Livre Vacinas
[read_meter]

Muitas pessoas já notaram que ultimamente temos falado muito mais sobre vacinas, e de certa forma começamos a ter necessidade de entender muito mais sobre o assunto, para entender qual a real necessidade da vacina para a nossa saúde e como ela realmente funciona. 

Ao longo da história, elas ajudaram a reduzir expressivamente a incidência de pólio, sarampo e tétano, entre outras doenças. Hoje, as vacinas são consideradas o melhor custo-benefício em relação a tratamento de doenças. 

Vamos entender um pouco mais sobre as vacinas. 

Como funcionam as vacinas?  

As vacinas são substâncias biológicas que são administradas nas pessoas com a finalidade de protegê-las de determinada doença. Após administrar a vacina, o agente ativa o sistema imunológico, e faz com que nosso organismo passe a  reconhecer e combater vírus e bactérias em futuras infecções.

Vacinas são seguras? 

Sim, e devemos ressaltar que toda vacina, para ser licenciada no Brasil, passa por um rigoroso processo de avaliação realizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Esse órgão, regido pelo Ministério da Saúde (MS), analisa os dados das pesquisas, muitas vezes realizadas ao longo de mais de uma década, e que demonstram os resultados de segurança e eficácia da vacina obtidos em estudos com milhares de humanos voluntários de vários países. O objetivo é se certificar de que o produto é de fato capaz de prevenir determinada doença sem oferecer risco à saúde. 

Do que são compostas? 

As vacinas são compostas por agentes semelhantes aos microrganismos que causam as doenças, por toxinas e componentes desses microorganismos ou pelo próprio agente agressor da doença que deseja prevenir. Há versões atenuadas, onde o vírus ou bactéria presentes nas vacinas são enfraquecidos,  ou inativadas, onde o vírus ou bactéria estão mortos. 

A vacina com vírus ou bactéria atenuada é segura?

As vacinas atenuadas podem produzir condições semelhantes às provocadas pela doença que previne, mas em pessoas com o sistema imunológico saudável, isso é muito raro e, quando ocorre, os sintomas são leves e de curta duração, como febre por exemplo. Já as pessoas com imunidade diminuída, ou que estão em tratamento com medicamentos que levam à imunossupressão, não podem receber esse tipo de vacina, a não ser que seja por meio de orientação médica. O mesmo vale para as gestantes que necessitam atualizar seu cartão de vacina.

Como as vacinas inativadas fazem efeito, se o agente está morto? 

Quando realizamos uma vacina com vírus ou bactéria inativada, ela não tem o poder de causar a doença, mas o nosso corpo faz com que o sistema imune acredite que o agente infeccioso morto, ou uma partícula dele, representa perigo real e desencadeia o processo de proteção. São vacinas totalmente seguras e não há risco de causar infecção em pessoas imunodeprimidas ou em gestante e seu feto. Hoje a maior parte das vacinas disponíveis são de agentes inativados. 

Existem dados que comprovem a eficácia das vacinas?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima que de 2 a 3 milhões de mortes a cada ano sejam evitadas pela vacinação e garante ser a imunização um dos investimentos em saúde que oferecem o melhor custo-efetividade para as nações. 

Isso significa que as vacinas possibilitam excelente resultado de prevenção a baixo custo, quando comparadas com outras medidas, o que é muito importante, principalmente nos países sem condições adequadas para realizar diagnóstico e tratamento de doenças.

Porque algumas vacinas precisam de dose de reforço? 

Algumas vacinas, assim como diferentes doenças, não conseguem desenvolver uma proteção para o resto da vida mesmo tendo ocorrido o contato com a doença ou o agente da vacina, sendo um dos exemplos, as vacinas e as doenças meningocócicas. Esse fato pode ocorrer quando o estímulo dado ao sistema imune quando em contato com a doença ou vacina, não é suficiente a ponto de produzir memória imunológica capaz de evitar nova infecção, ou até mesmo pelo fato de que a memória imunológica não é suficiente para mantermos a proteção contra a doença durante toda a vida. Isso explica o fato de algumas vacinas apresentarem esquema vacinal com doses de reforço. 

Existem vacinas específicas para cada idade? 

Sim, por isso é tão importante seguirmos o calendário de vacinação e manter a carteirinha sempre atualizada, pois mesmo após a infância e adolescência, os adultos e maiores de 60 anos ainda devem se vacinar. Também é muito importante ressaltar que a Sbim (Sociedade Brasileira de Imunização) possui calendários até para grupos específicos, como pacientes gestantes, oncológicos e portadores de doença autoimune. 

Se as vacinas são seguras, porque existem movimentos antivacinas? 

A falta de conhecimento sobre o tema em questão e o excesso de informações, muitas vezes obtidas por meios de comunicação não confiáveis, sem qualquer embasamento científico, se tornam os grandes responsáveis pelo número de movimentos anti vacina e também o aparecimento de doenças que poderiam ser evitadas com a imunização adequada. No mundo todo temos representantes do movimento antivacina, que acabam prejudicando os programas de imunização e reduzem a cobertura vacinal, trazendo riscos de doenças que já haviam sido erradicadas, voltarem a circular em nosso meio. 

As vacinas são, muitas vezes, reféns do seu próprio sucesso, levando pessoas a desacreditarem o quão benéficas eles podem ser, tudo por não verem mais casos das doenças. Se a poliomielite(paralisia infantil), não registra novos casos no Brasil desde os anos 90, devemos isso às campanhas de vacinação que atingiram os resultados esperados.  

Posts relacionados

Brasil sai da lista de países com mais crianças não vacinadas

Apesar do quadro local promissor, o relatório da OMS apresentou preocupação com a situação global, que ainda não atingiu o patamar pré-pandemia, registrado em 2019.

[read_meter]
Saúde Livre Vacinas, 18 de julho de 2024

5 coisas que você precisa saber sobre o sarampo

O sarampo preocupa neste mês de férias escolares e Olimpíadas de Paris. Com maior número de viajantes, o vírus pode voltar a circular no país.

[read_meter]
Saúde Livre Vacinas, 09 de julho de 2024

Vacinas para viagem: saiba quais destinos exigem e quais documentos levar

Assim como decidir o destino, adquirir as passagens e coordenar as datas, o cuidado com a saúde deve ser planejado com antecedência para evitar surpresas e garantir um passeio tranquilo. As vacinas para viagem, por exemplo, precisam ser tomadas pelo menos 15 dias antes para que tenham tempo de desenvolver a proteção.

[read_meter]
Saúde Livre Vacinas, 19 de junho de 2024