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Bronquiolite e VSR: entenda a doença do filho de Virginia e Zé Felipe

05/03/2025 Notícias Saúde Livre Vacinas
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O bebê José Leonardo, de 5 meses, filho da influencer Virginia Fonseca e do cantor Zé Felipe, está internado desde sábado (01/03) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica devido a uma bronquiolite viral aguda. Segundo a família, o pequeno precisou de suporte ventilatório e oxigênio, mas tem apresentado melhora e pode ganhar alta em breve.

José Leonardo e Virginia – Foto: Reprodução / Instagram

O que é bronquiolite?

A bronquiolite é uma infecção que acomete os bronquíolos, a parte final dos brônquios, que são responsáveis por distribuir o ar dentro dos pulmões. Essa doença atinge com mais frequência bebês de até dois anos. Embora ela possa ser causada pela influenza, rinovírus e outros, um dos principais responsáveis é o vírus sincicial respiratório (VSR).

Os sintomas iniciais são semelhantes a um resfriado comum, com tosse, obstrução nasal, coriza, febre baixa, irritabilidade e recusa de mamadas. No entanto, nas formas mais graves, o quadro pode evoluir com dificuldade para respirar, respiração acelerada e chiado no peito. Nesses casos, é necessário buscar atendimento médico imediato.

O diagnóstico é clínico, mas é comum a requisição de exames laboratoriais e raio X do tórax para acompanhar o paciente. Monitora-se ainda a oxigenação no sangue por meio do oxímetro.

Não existe um tratamento específico para a bronquiolite, sendo possível apenas amenizar os sintomas. Apesar de ser bastante comum, essa infecção pode apresentar risco de vida, especialmente a bebês prematuros, com problemas cardíacos ou pulmonares crônicos.

Como prevenir o VSR?

De acordo com o Ministério da Saúde, o VSR é responsável por cerca de 80% dos casos de bronquiolite e até 60% das pneumonias nos menores de 2 anos.

O vírus é altamente contagioso e tem maior incidência no outono e inverno. A transmissão ocorre por contato direto com secreções respiratórias de pessoas infectadas. O VSR se espalha durante a fala, espirro e tosse, e pode sobreviver por cerca de 24 horas em superfícies e objetos, como brinquedos, maçanetas de portas e botões de elevador.

Por isso, é fundamental evitar que o bebê fique em aglomerações ou em proximidade de quaisquer pessoas com sintomas gripais. Também é importante higienizar as mãos com água e sabão ou álcool 70 antes de tocar nas crianças. Idosos também são grupo de risco e devem ter os mesmos cuidados.

Atualmente, há três imunizantes que são grandes aliados na prevenção do vírus sincicial respiratório nos bebês: a vacina Abrysvo, produzida pela farmacêutica Pfizer, e os anticorpos monoclonais palivizumabe e nirsevimabe.

Abrysvo

Essa vacina é indicada para a gestante, e deve ser administrada entre a 24ª e a 36ª semana de gestação. Dessa forma, a mãe consegue transferir os anticorpos para o bebê por meio da placenta, oferecendo proteção desde o nascimento.

Ela tem dose única, intramuscular, e é importante que a aplicação aconteça ao menos duas semanas antes do parto. Segundo dados do Ministério da Saúde, o imunizante pode evitar cerca de 28 mil internações anuais no Brasil.

A Abrysvo tem indição também para maiores de 18 anos com comorbidades e idosos – o grupo com mais de 60 anos tem ainda a vacina Arexvy, da GSK, como opção.

A vacina está disponível nas clínicas particulares. Ela também recebeu aprovação para integrar o Programa Nacional de Imunizações (PNI) em fevereiro deste ano e deve fazer parte do Sistema Único de Saúde (SUS) em breve.

Anticorpos contra a bronquiolite

Os anticorpos monoclonais são medicamentos que já entregam a proteção pronta, sem estimular o sistema imunológico. Por isso, em comparação às vacinas, seu efeito é menos duradouro. Ainda assim, eles são muito importantes para a prevenção do VSR, especialmente em bebês prematuros ou com outros fatores de risco.

O nirsevimabe, que tem o nome comercial Beyfortus, é indicado para todos os lactentes de até 12 meses de idade. A administração deve ocorrer um mês antes ou durante o primeiro período de maior circulação do vírus (fevereiro a junho na Região Norte, e março a julho nas demais regiões) após o nascimento. No segundo ano, ainda há recomendação para crianças com doença pulmonar ou cardíaca crônicas e imunocomprometidas.

A administração acontece junto com as demais vacinas do calendário, e está disponível nas clínicas privadas a partir deste ano. O Beyfortus deve ser incorporado também ao SUS ainda em 2025, mas somente para nascidos com menos de 29 semanas de gestação e portadores de comorbidades graves.

Por outro lado, o palivizumabe está disponível há mais tempo, e tem indicação somente para crianças de alto risco, como prematuros de até 28 semanas gestacionais, no primeiro ano; de 29 a 32 semanas gestacionais, nos primeiros 6 meses; e bebês com comorbidades. Pode ser encontrado nas clínicas privadas e no SUS.

O seu bebê está protegido? Confira o calendário vacinal infantil e atualize a carteirinha na Saúde Livre.

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